Conceitos de Bioma e Biodiversidade

Biomas são áreas que possuem condições climáticas ou ecológicas semelhantes, se caracterizando por um tipo especial de vegetação. São um conjunto de fauna e flora que coexistem de forma estável.
O termo ''Biodiversidade biológica'' é usado desde a década de 1980, entretanto, não era entendido de maneira tão complexa quanto aos dias atuais. Basicamente, biodiversidade se relaciona com a variedade e a riqueza que existe na natureza, sendo diferentes tipos de plantas, animais, micro-organismos entre outros. Uma boa maneira de entender a biodiversidade é dividindo em duas formas: Formas de vida e inter-relações entre as espécies. Essa diversidade se encontra em todos os lugares, seja em florestas, rios, mares e até desertos. Isso é possível graças a diversidade genética, o que possiblitou a adaptação da vida em diferentes tipos de regiões. Embora exista biodiversidade em inúmeros lugares, essa diversidade é mais presente em regiões úmidas e quentes, como é o caso da Amazônia

Características

A Mata Atlântica é o nome popular dado à floresta tropical atlântica que se distribui em milhares de fragmentos da região litorânea aos planaltos e serras do interior, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul
A Mata é encontrada nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e parte dos territórios de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Além de gerar mais de 80% da produção econômica nacional e ser considerada o centro sócio-econômico do país, ainda abriga mais de 145 milhões de pessoas. Originalmente, a Mata Atlântica ocupava uma área de 1.300.000 km², em áreas de 17 estados, atualmente por consequência de desmatamentos, queimadas e degradações do ambiente que vem acontecendo, a área restante corresponde cerca de somente 8% da sua cobertura original No Nordeste brasileiro a extinção foi quase total, o que agravou as condições de sobrevivência da população, causando fome, miséria e êxodo. Na Região Sudeste, foi a cultura do café a principal responsável pela destruição em massa da vegetação nativa. Mas na Região Sul, a exploração predatória da Mata Atlântica devastou o ecossistema da Floresta das Araucárias devido ao valor comercial da madeira pinho extraída da pinheiro-do-paraná. Além da exploração predatória dos recursos federais, houve também um significativo comércio de exportação de couros e peles de animais. Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está destruída. Seu ritmo de desmatamento é 2,5 vezes superior ao encontrado na Amazônia no mesmo período.
Porém mesmo com todo o desmantamento estima-se que habitam cerca de 850 espécies de peixes, 849 de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis e 270 de mamíferos, porém muito desses animais correm o risco de extinção: mico-leão-dourado, bugio, tamanduá-bandeira, veado, gambá, cutia, tatu-canastra, mono-carvoeiro, arara-azul-pequena, lontra, quati, anta, onça-pintada, jaguatirica, capivara, etc.. Em relação à flora, 20.000 espécies vegetais existem na Mata Atlântica(o que corresponde à aproximadamente 35% das espécies existentes no Brasil) incluindo diversas endêmicas e ameaçadas de extinção. Um dos motivos que torna a Mata Atlântica prioritária para a biodiversidade mundial é essa riqueza ser maior até que a de alguns continentes, como a Europa que possui menos de 15 mil espécies vegetais. Esses dados reforçam ainda mais a necessidade de preservação desse incrível e diversificado bioma que possuímos aqui no Brasil. Para isso existem diversos projetos de recuperação da Mata Atlântica, houve diminuição na exploração do Paraná, graças à reação cultural da população e à criação de APAs (áreas de proteção ambiental), que são apoiadas por uma legislação rígida e fiscalização intensiva dos cidadãos. Essa vegetação paranaense preserva um alto nível de biodiversidade, das quais estão o mico-leão-dourado, as orquídeas e as bromélias. A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional, junto com a Floresta Amazônica Brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-grossense e a Zona Costeira fazendo com que a derrubada da mata primária é proibida.
A Mata Atlântica apresenta um conjunto de formações florestais bastante diversificadas, que são:
Floresta Ombrófila Densa
Floresta Ombrófila Mista
Floresta Ombrófila Aberta
Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Decidual.


Além disso, alguns ecossistemas estão associados a esse bioma, como o manguezal, restinga, campos de altitude, e brejos interioranos. Essa diversidade é resultado das variações climáticas e de relevo, clima este que é predominantemente tropical úmido, influenciado pelas massas de ar úmidas vindas do Oceano Atlântico. Apresenta também outros microclimas ao longo da mata, uma vez que as grandes árvores que compõem a vegetação geram sombra e umidade. Além do clima tropical litorâneo úmido, presente na região nordestina, a Mata atlântica engloba também os climas tropical de altitude, na região sudeste, e o subtropical úmido, na região sul. Suas temperaturas médias e umidade do ar são elevadas durante o ano todo e as chuvas são regulares e bem distribuídas.

Importância do Bioma para o Brasil

Além dos vários motivos citados no texto, podemos concluir que termos esse bioma preservado é muito importante para o Brasil, pois ele garante o abastecimento de água para mais de 100 milhões de pessoas, assegura a fertilidade do solo da região, controla o equilíbrio climático, regula o fluxo dos mananciais hídricos e é fonte de alimentos e plantas medicinais além de ser o lar de muitos recursos naturais.